Lyrics Onde Andará

Onde andará a silhueta desses antigos campeiros
Que desenhavam saudades na fumaça dos palheiros
E madrugavam setembros na voz clara dos braseiros
Onde andará a mañanita dos mates de gosto bueno
Da encilha dos gateados contraponteando o sereno
E a humildade dos ranchos guardando sonhos morenos
Onde andará o verso claro ponteado numa canção
Que se espalhava em floreios pelas tardes do galpão
E matizavam campeiros ao som da gaita e violão
Int.
Onde andará a tarde longa das ressolanas campeiras
Onde a alma desses tantos cruzava além da porteira
Pra o mundo das invernadas por não saber das fronteiras
Por onde andará o semblante de um avô maragato
Que eternizou seu silêncio na moldura de um retrato
E dos seus causos antigos desses campeiros de fato
Quem sabe andam perdidas na saudade dos avós
Ou presas dentro do peito querendo saltar na voz
Mas bem certo elas se acham guardadas dentro de nós
Onde andará, onde andará dentro de nós