História e Origem
A história do requinto remonta ao início do século XIX, tendo sua origem na Espanha e se espalhando rapidamente pela América Latina. Inicialmente criado por habilidosos luthiers como uma versão menor e de tom mais alto da guitarra clássica, o requinto foi projetado para suprir a necessidade de um instrumento com foco na melodia em conjuntos tradicionais. Com o tempo, ele encontrou seu lugar em diversas tradições musicais, especialmente em gêneros de folk mexicano, como o trio romântico e as bandas de mariachi, onde desempenha um papel líder vital. A adaptação do requinto em diferentes culturas levou a leves variações em seu design, embora sua essência como contribuinte fundamental para estruturas melódicas tenha permanecido inalterada.
Descrição Física
Os atributos físicos do requinto contribuem distintamente para seu caráter sonoro único. Tipicamente construído a partir de madeiras finas como o cedro ou abeto para o tampo, e jacarandá ou mogno para o fundo e os lados, ele apresenta um tamanho de corpo compacto, mais estreito que o de uma guitarra clássica padrão. Este tamanho reduzido, combinado com um comprimento de escala mais curto, permite a tonalidade mais alta e a tensão nas cordas que definem o som do requinto. O instrumento geralmente possui seis cordas de nylon, afinadas uma quarta acima de uma guitarra clássica, de A a A. O artesanato envolvido na fabricação de um requinto é preciso, garantindo que, apesar de suas dimensões compactas, ele produza um som rico, claro e alto, que pode esculpir sua voz distintiva em qualquer conjunto.
Referências
Ao longo de sua história, o requinto foi defendido por diversos músicos notáveis e bandas que trouxeram seu som distinto para o primeiro plano da expressão musical. No México, o trio romântico Los Panchos ganhou fama internacional com suas interpretações cheias de alma, tornando o requinto uma parte essencial de sua identidade musical. Outra figura influente é Alfredo Gil, conhecido como 'El Güero', cuja virtuosidade no requinto estabeleceu um novo padrão para seu uso na música. Além disso, o requinto encontrou um lugar na música contemporânea por meio de artistas como Edmar Castañeda, que, embora seja principalmente um harpista, integrou o requinto em composições de jazz, mostrando sua versatilidade e ricas qualidades tonais. Esses artistas, entre outros, consolidaram o papel do requinto como um instrumento amado e influente no mundo da música.